Não sei se já sentiste a incontrolável vontade de causar sofrimento ao mundo, de bradar todas as chagas da almas até mesmo aos surdos, de matar e ver, por prazer, o respingar do sangue à luz da lua.
Não sei o quão fora da sanidade pode estar, eu, você, e todos os corpos a que desejo. E não nego o deleite da selvageria a que vim degustar. Mas sim, enquanto vivo renego a você a piedade, que por alguns instantes da vida, julgo estar morta e enterrada dentro do lúgubre peito, criado das cinzas e da poeira que cobre o esquecer frio das lápides, covas, sepulturas.
Não sei se sabes a origem do mal, tão pouco de todo o infeliz salivar ácido proveniente das injúrias e delírios que corroem a carne, a alma. Mas sinto que de certa forma útil me será, e temo pelos vivos. Temo e não temo, em um paradoxo sádico, homicida.
Não sei na verdade nada, e o sei com todo gosto, não sei se tenho em memórias imagens, rostos. Mas sei que de nada servem, à um morto.
Will
E como ja disse a alguém, devo ser um cara amargurado e rancoroso pra fluir fácil e bem linhas com tanto pesar. Enfim, bem vindo a um 2010 repleto, mais uma vez, de mim. Adieu
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