Erguendo os olhos incrédulos
Bem ou mal, são como seguem as cortinas
Brilhando as luzes como brilham os dias
Reluzindo o mármore que cobre as expectativas
Ao sorrir, ao cair as lágrimas de tinta
Aclamando ao zombar da vida
Ah se o mármore sorrisse além da tinta
E a máscara se quebrasse, e tocasse a Colombina
Saltitando em pleno palco, expressando alegria
Que passam dos olhos, que por trás da máscara
As luzes vêem, e esperam o dia
Quem se dera conta do valor de tanto mimo
Distante da normalidade, calando o silêncio
Ao fluir de luas, puritano maluco
Quem se dera conta do quão bobo e travesso se faz
Irrisível, caricato, levemente sagaz
Entre peripécias e pormenores, do frio mármore
Do anonimato se apraz
Ingenuamente, de roupas largas figurando em meio a vida
Controverso, de ladina poesia
Aguardando o descuido de um lado,
Para de assalto tomar, a loucura ou a rebeldia
Que pinta as faces sobre o mármore
E esconde a realidade sincera, no ato, palco da vida.
Will
Mais que mais palhaços, mais que mais Commedia dell'arte, mais que horas perdidas, menos que eu poderia.
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