segunda-feira, 26 de maio de 2014

O conciso cotidiano

Quando o cotidiano te abraça
Você constantemente se vê procurando
E repetidamente se apega às lembranças,
Às coisas, mantendo-se vivo

E nem por isso todo o agora passa
Nem você se esvai, só prossegue andando
Continuamente se entregando ao relógio,
Que ao menos ainda é contigo

Sem que sinta'lma falir escassa
E os sonhos aos prantos, em desando,
Pois nada mais lhe dá suas rédeas
E o desejo, torna-se seu inimigo

Ambas incapacidade e desgraça
Montam parte no embate em plano
E nem o tempo que a vida leva
Nem das letras o fluir, ora desinibido


Ensejará vitória, doce ou amarga
Neste roteiro confuso e leviano
Pois o fim, a vida te leva num verso
E tudo nele jás, conciso e definitivo

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