sexta-feira, 5 de junho de 2009

Enfim essa noite termina

Antecipando, esse será mais um post de falatório.

Aliás, até agora, se minhas contas estiverem certas, eu postei uma quantia de 20 textos próprios, incluindo os textos que estão no blog da Dee e os links estão aqui. Claro que entenda textos por coisas que eu escrevi como poemas, músicas, narrativas e etc... Óbvio que descontei os posts de falatório, como apresentações e esse aqui.

Encerrando, essa noite dos mortos vivos termina aqui, devo ter um ou outro texto velho sobrando pra postar, mas os que merecem(os menos piores) estão aqui. Existem também os inacabados a décadas, mas isso é história pra outro dia.

Bons sonhos a todos, tenho prova de física III amanhã, me desejem sorte...

Serenata de Duas

Entre sonhos livres, me perdi
E destes, porque estou aqui
Lábios cerrados, olhos fechados
Alucinando, perdido em mim

Iluminando, tentando ver
Dos meus lírios, sempre gastos
Das palavras, geralmente simples
Viver, meus minutos, meus laços

Venho todos os dias, a saber
Que de branco, embora negro
Cubro-me, e me alegro
Sorrindo, pelos dias em haver

E com suspiros, ainda me levo
Tomando o ar, ganhando
De tempos em tempo, ainda perdendo
Por mim, por ti e por todos eles



Esse é mais recente...

Um Segredo Compartilhei

Vou te contar um segredo, e que daqui não saia, nem de mim, nem de ti. Quero te dizer que a vida tem seus vários caminhos e suas incríveis e incontáveis faces, dizer-te que os vários tapas também foram abraços e que as várias lágrimas hoje me são imensuráveis sorrisos.

Revelá-lo vou, portanto não tema, a vida é mais que a espera da morte, e talvez(se já não o é), muito mais que o dito fim. E de fins se fazem começos, dos começos se fazem vidas, e com vidas se fazem mágicas. Espetáculos se montam todos os dias, e deles vemos shows. Não me desaponte criança, brilhe à luz da noite, e dela faça dia, amanheça com o ballet das estrelas e dance ao som do vento. E que um sorriso, um e tantos outros, seja brisa. Brisa constante, que carrega as esperança, os sonhos, pra muito além das estrelas que cobrem o céu.

Saiba que sua vida não é só sua, e não está só em você, saiba que o calor da sua alma vai além do que você, por enquanto, ainda suspeita. Saiba que você não é você, e que hoje, é melhor do que poderia ser ontem. E assim olhe a sua volta, e reconheça que você está ali, e quando pessoalmente não estiver, ao menos seu sutil toque continuará a mover algumas das pequenas coisas, e que seu cheiro estará sempre naquele ar.

Assim, viva por momentos, e sobreviva por pessoas. E que se tornem fotos, das quais nunca esquecerá, todas as cenas da memória de uma vida. Adiante verá, e com o mesmo ar da saudosa canção do exílio, se arremeterá às suas palmeiras, e aos seus sabiás.

Portanto respire fundo e sinta queimar segundo a segundo o que está vivendo, saiba que você está ali e que vale a pena. E aqui, vão contigo essas poucas linhas, para que ao longo da vida se lembre delas e diga que um segredo compartilhei, e que com ele, contigo fui também, assim como direi que comigo você está.



Esse é tão velho quanto parece, um dos primeiros também...

O Realejo

De todas as coisas
Dentre todos os modos
Medos, credos, segredos
Eu ouço o realejo, ainda ouço o realejo
Meus sonhos, pesadelos, querendo brincar

Excentricidade é só o que vejo
Loucura, lúcida, desejo

Tragam-me a noite
Os dias, assim, a minha vida
Perdida, a beira da estrada
Vagando, querendo dançar

Eu quero o ópio, luxúria da mente
Enquanto ainda penso, ainda como gente
Um brinde a gasolina que desata a queimar

Eu sonho, eu ainda sonho, com meus dias a passar
Eu vejo, eu ainda vejo, tudo a volta girar
E nada disso me tira da loucura, de viver, poder gritar


Mais uma tentativa de música, eu sei lá se devo continuar com isso xD

Psicose e Cronologia

Sabe, hoje relembrei-me de mim mesmo
Reaprendi o que sabia de antemão
O que tinha, sem esforço ou enfoque
Certas coisas, inerentes ao coração
E nelas me ative por certos instantes
Não muito grandes, nem muito complexos
Só mesmo para revê-las, tocar-lhes a face
Nada merecedor de perplexidade
E realmente, na verdade, ainda acho
Que em conjuras, esses pensamentos
Mais merecem a sua parcialidade
Voltada contra mim
Mas não vou pensar em ti, não hoje
Hoje nasci pra pensar em mim

Tanto espaço até aqui, não acha?
E como quem dorme, e não vê a viagem
Digo que não acho, mas o que me diz?
Só me diz o que não quero ouvir

Sabe, hoje me lembrei do que eu quero
E assim também fiz com o que não quero
E simplesmente tudo some ao som da vida
Simplesmente mais uma distração, ao fim.

Acordo dias depois, e vejo que estou no amanhã
Vejo que tudo que pensava estava certo
Que por enquanto meu cretino destino
É linear, previsível e concreto

Já fiz milhares de promessas que não cumpri
Já tive amizades que nunca mais vi
Já possui batalhas que não travei e venci
Já fugi dos outros para fugir de mim
Mais que tudo, cada dia mais
Tudo que vejo, tudo que faço
O que penso, com minuciosos traços
Serve, de certo, para que caia em mim

Mas agora eu percebo
Que já me basta o medo
De perder, de fazer
De passar, atravessar
E vejo que aqui estou eu
Com minhas mãos seladas
Milhares de horas passadas
Mantendo promessas já pagas
Até o dia em que o prazer será seu
De saber o quanto passou, o quanto virá
Simplesmente de quem sou, e passará

Desapercebido os dias passam
E sem noção de hora a vida passa
Mas sou eu, e isso me basta...



Uma dica, esse texto foi escrito na madrugada de 12 de abril de 2008, talvez chegando até o início do dia 13...

Por Lupo Batizado

Sou uma criança com seus problemas
Uma alma insana e com mais alguns dilemas
Sou o que balança à ventos e tornados
Algo perdido em todos os achados
Sou a sua inconsciência e o seu meditar
Somente a fé com medo de acreditar

Sou o que completa em detalhes um cartão postal
Estranhos gostos de alegrias em comum
Sou a piada de todo dia, é o que me faz normal
Sou vários, e também sou um

Sou reflexo dos que me cercam
E estes são de mim reflexos também
Sou tudo o que pensam e falam
Toda a sua indecisão, e talvez algo além...

Sou quem olha aos céus pra viver na terra
Quem procura paz até em meio à guerra
Sou quem gosta do pandemônio tocado em suaves acordes
Quem a paz procura nos barulhos maiores
Sou o desatento que se apega a pequenos detalhes.
Minha solução, e também todos os meus entraves

Sou a felicidades em suaves prestações
E todas a perder de vista
Sou a ligação de todas as relações
Sou eu, algum tipo de egoísta

Sou a capacidade de lutar e o primeiro a pacificar
Sou a falta do que fazer e a preguiça cheia de querer
Sou a vontade de ferir e a força de suprimir

Sou eu e todas as extensões de mim mesmo
O que dorme por si e acorda por mais que isso
Algum louco que dispara à esmo
Sem alvo ou objetivo desde o início
Sou o planejado que dá errado e os sucessos dos acasos
Aquele que vibra com sorrisos e se derrete com abraços

Sou o todo das partes de um único viver
O solitário que adora estar em grupo
Sou o que me queriam, e ainda sim, sou o melhor que posso querer ser
Algo a que um dos nomes é dito Lupo.



Outro "quem sou eu". Relativamente tão denotativo quanto deveria ou poderia ser...
E os revival's continuarão até que não sobre mais nenhum texto, afinal isso aqui vai virar minha biblioteca, e eu não conseguirei escrever nada novo até que não me reste nada mais de antigo para expôr...

Por enquanto adeus...

Nascido do branco
Inspirado à grafite
Tingido a cinza, borrado à sombra
Levando vazios e brancos
Todos a prática estática
Em traços curtos, incertos
Ainda sim corretos

Areias correm
Dias passam
E aqueles pequenos bastões de sonhos
Perdidos, retornados ao branco
Ainda com seus lugares bem cravados
Sem exceção
Aguardam em apatia dormente
Saudosos de um amigo
De uma vida
De um sonho, de repente...



Outro remember. Acho que esse pede uma interpretação do próprio autor. Ele faz referência a minha saudade de desenhar. Sabe, desenhar ja foi um hobby muito forte meu, e eu adorava ele. Mas um tempo atrás, muito tempo na verdade, eu passei a não conseguir desenhar mais, não ter inspiração e/ou paciência pra fazer os desenhos, mesmo tendo vontade. Enfim, esse falta de desenho veio com o aparecimento da vontade de escrever, acho que meu cérebro não consegue suportar tantos hobby's artísticos. Mesmo que de vez em quando eu tenha uma recaída, digamos que praticamente eu não desenho mais. Mas ainda digo que: Eu desenho, eu escrevo e eu toco contra-baixo, mesmo que nenhuma das três habilidade seja muito boa a ponto de dizer que eu faço isso muito bem. Enfim, falei demais, foi pra compensar o texto pequeno...

Somente siga a batida

Dias vadios, assim
Insípida melodia.
Eu vejo sorrisos, também
Nada além de insossos dias
Meus olhos vêm abaixo, então
Também são estes escuros dias

Palavra não há, irrelevante
Coma...

Morte? Renego
E se não há, no entanto
Saída, apelo, algum jeito, então...
Digo que aceito
E que sirva de pretexto, para que
Todas as noites eu siga esse preceito
Então, que deixem soar todas
As urnas e sepulturas vazias
E deixem, deixem correr
Em algumas horas,
Todas as luzes de um longo dia
E siga a batida, a verdadeira
A que dá vida à melodia
E ao menos faça da morte uma bela dança
Que seja melhor que uma vida vazia
De outros, alguns, e mais tantos dias
E espero, que de dias
Minhas noites sejam repletas
Então mantenha a ritmo
E deixe viva a melodia



Sabe, é intrigante reler aquilo que algum dia você escreveu, é soberbo sentir denovo aquela ponta de sentimento que foi a faísca para toda a explosão que se espalha em letras. Estou gostando das escavadas.

Ego e Vida

Por onde passam todas essas balas?
Por quanto as disparam?
Há dias não consigo me ouvir
Há dias rajadas me calam
O que fazer quando o ego supera a vida?
E os meus anjos desatam a chorar?
Salvem suas lágrimas
Eu ainda não consigo me ouvir
Salvem suas lágrimas
Hoje não estou aqui
Salvem suas lágrimas
Somente o ego não pode chorar

Ébrio, egoísta embebido em palavras próprias
Ignorante, perdido em fogo amigo
Eu ainda não ouço os disparos
Sem saber por onde passam
Carniceiro, procurando carcaças.
Caminhando insensível, perdido

O que fazer quando o ego supera a vida?
Lívido em fogo amigo, sob balas perdidas?
Salvem suas balas
Ainda não posso sentir
Salvem suas balas
Egoísta, embebido em mim
Salvem suas balas
Não há como matar o que não tem vida
Não há como morrer quando sequer estou aqui


Outro ex-perfil. Alías, cansei de seguir a política de no máximo 1 post por dia, ninguém lê, ninguém acompanha, não preciso seguir metódicamente algo que me prende em meu mundo. Nada me prende em meu mundo.

Campos familiaris

Noite sem brilho e sem lua
Clara e chamativa, no entanto
Brilhos de sonhos refletidos no gelo
Cintilantes desilusões
Diga comigo: Você é o cão, o cão!
Repita, sem forças, não verei um não
Novamente no mesmo jardim, na mesma rua
Elíseos campos, lindas rosas
Corra, ensandecido quadrúpede
Não me desaponte os instintos
Não me negue o prazer da raça
Fraca sua vontade, forte sua resposta
Pequeno seu espírito, grande sua presença
Imposta. Vontade contradita.
Só pare e veja o eterno amanhecer
Perdida foste
Vontade da caça
Liberdade da vida
Insano conteúdo, doce capacidade
Corre e inunda, o sangue pelas veias
Muito além de atados
Braços cruzados
Pelo jardim passam, pela vida correm
Como cães, em suas passadas de patas
Sente-se e tome um biscoito, pulguento...



Outro texto antigo, certa vez foi um "quem sou eu" no orkut. Que por sinal era o lugar em que eu despejava minha vontade de escrever. Um retrado de Ookami Blue.
E que fiquem as verdades entre as linhas. Verdades desde muito tempo...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Dia para Batalhar

Dia obscuro, dia chuvoso.
Aqui estou eu no campo de batalha
Sem reação, sem emoção.
Debaixo do gelo da minh'alma,
todos os sentimentos
incorporam-se num só.
Dentro do meu peito,
meu coração pulsa angustiado.
Oculto em minha mente,
o medo permanece.
O vento passa por mim como uma lâmina.
O sangue escorre no fio da espada.
Corpos ao chão.
A morte constantemente comigo, porém,
a honra a minha frente me resguarda.

Dia de matar, dia de morrer.
A terra treme sob homens de coragem.
Gritos ecoam aos quatro cantos da terra.
A emoção do combate invade meu ser.
Escudos bradam.
Espadas ao alto desprestigiam o sol.
Nobres homens abandonam seus medos
e elevam seus espíritos.
A vontade se reflete na espada.
Os sentimentos são revelados.
Os céus vertem lágrimas.
O ar está denso.
Os rios ferozmente percorrem
seus inevitáveis caminhos.
Por alguns instantes,
homens e natureza são um só.

Em minhas veias,
a adrenalina corre mais rápido.
O sangue ferve.
A saudade me da força e vontade de voltar.
Minha terra me espera.
A fúria controla meus movimentos
e consola meu espírito atormentado.
Minha honra deflagra em força,
que queima ao meu redor.
A concentração amplifica meus sentidos
e me liberta do medo.
Minutos parecem eternos
E o tempo não passa.

No campo de batalha
o sol está se pondo,
indicando o fim.
A neblina desce dos céus
Como se consolasse as almas
que ainda estão lutando.
O vento cessou.
Porém chuva não para.
Mas minha hora ainda não chegou.
E vou passar o que resta de meus dias
Vivendo pela espada
Longe da minha terra,
longe de mim
Pela glória de uma batalha.



Olhando pelos títulos de arquivos na minha pasta "Doc" eu me deparei com este velho "poema" ou seja lá o que for. De qualquer forma, definitivamente ele vale a ressurreição, vale ser citado, vale ser lembrado. Cortando o falatório, foi o primeiro texto que me animei em fazer por hobby no pc (definitivamente tenho preguiça de escrever a mão), e esse texto que iniciou esse meu hobby de hoje, essa fuga do jeito engenheiro, essa expressão do meu próprio mundo.

Além do mais, estou cansado de postar textos mal formatados que escrevo por aqui na hora só pra matar a vontade de escrever algo. Outras ressurreições virão, boas, ruins, sempre velhas. Adieu.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Olhos de ontem, olhos azuis

Como uma pequena criança
Com alguns lápis na mão
Escrevendo, desenhando a vida
Seguindo com a canção
Na densa neblina, o passado
Esquecido desde então

Querendo não ver, sentir
Aos olhos ocultar, suprimir
Uma pá de terra sobre ontem
Cobrindo hoje e amanhã

Mas ao olhar para esses seus olhos
E perder-se inconstante
Perceber que nada mais
Era como antes
E ao olhar para esses seus olhos
E enxergar só o passado
Sentindo-me tão azul
Revivo a vida de ontem
Largado ao som do blues

Aquelas mentiras, tão líricas
que cantavam antigas canções
Aqueles dias, tão lívidos
Que trazem recordações
Gastam a minha alma
Esgotam a minha calma
Tiram-me a sanidade
E a passageira felicidade

Mas meus olhos buscam
O que de sempre rejeito
Me punem, me afligem
Mas ainda cedo ao desejo

E ao olhar para esses seus olhos
E perder-se inconstante
Perceber que nada mais
Era como antes
E ao olhar para esses seus olhos
E enxergar só o passado
Sentindo-me tão azul
Revivo a vida de ontem
Largado ao som do blues

E ao olhar para esses seus olhos
Viver o passado no presente
Relembrar outra vez
E reanimar-me descontente
E ao olhar para esses seus olhos
Que refletem o passado
Que tingem de azul
Ontem, hoje e amanhã
E dão mais sabor ao meu blues


Quanto tempo, não? Enfim recuperando o direito de ter problemas, a vontade de escrever. Espero continuar com eles, não são tudo que há de melhor, mas são meus.

Por hoje resolvi tentar a sorte com algo tipo uma letra de música, não está lá muito estruturada, nem muito boa, saiu de hora mas serve.

Bom início de frio a todos(embora eu fale às paredes). Adieu.