Já não sei, quando me vem abaixo
E o que sei, inunda o que faço
E a água não, não quer parar
E o tempo não, não vai parar
E essa noite negra, não vai passar
Lua nova, de nuvens escassas
Manipulando, fazendo-me caça
Daquele soturno vulto
Ainda a noite não cessará
As árvores altas não podem salvar
Os meus delírios de inundar
Os vales abaixo
Negros desejos, a afundar
Eu sei, pesadelos ainda sabem nadar
E eu também sei, que árvores altas não podem salvar
Mas deixem essa torneira aberta,
vez outra e certamente, hei de tentar
Frequemente, as noites às vezes choram
E sim, arma, a lua, a sua caça
E o que fazer, com o que restar?
E o que farei, se não nadar?
Subindo a água sem parar
A lua tão alta hei de afogar
Sim, como um aquário
Com delírios, sonhos
Um aquário lunar
Eu sei, a lua não irá afundar
E eu também sei, que árvores altas servem pra enfeitar
Mas deixem meu sonho quieto
O dedico a outrem, este aquário lunar
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