sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sutilezas da alma

Eis que me uivam aos ouvidos mais uma vez, outra madrugada amaldiçoada.

Os cães da alma que com dentes presos a sua jugular se debatem a fim de jorrar o sangue, e as sutilezas da alma que declinam como a queda do martelo trepidam. Tudo dilacera, dilacera e esmigalha.

A paciência é a dádiva da cólera não gasta, o advento da fúria por acumular. Eis que o jarro quebra e o veneno escorre, escorre e mata. Piedade é a homeopatia do entoxicar, simplesmente não mata, usa do tempo para desgastar.

Os cães que bebem da água do submundo certamente sabem que não verão o amanhecer. Entre cóleras e fúrias, overdoses não hão de os poupar.

Sutilezas da alma são para quem tem o tato para se valer das nove polegadas. Quem enterra, enterrará. Por fim será enterrado, e morrerá. Essas são as sutilezas da alma, você consegue vê-las? Ou envenenado com sua piedade morrerá?

Nenhum comentário:

Postar um comentário