Eis que me uivam aos ouvidos mais uma vez, outra madrugada amaldiçoada.
Os cães da alma que com dentes presos a sua jugular se debatem a fim de jorrar o sangue, e as sutilezas da alma que declinam como a queda do martelo trepidam. Tudo dilacera, dilacera e esmigalha.
A paciência é a dádiva da cólera não gasta, o advento da fúria por acumular. Eis que o jarro quebra e o veneno escorre, escorre e mata. Piedade é a homeopatia do entoxicar, simplesmente não mata, usa do tempo para desgastar.
Os cães que bebem da água do submundo certamente sabem que não verão o amanhecer. Entre cóleras e fúrias, overdoses não hão de os poupar.
Sutilezas da alma são para quem tem o tato para se valer das nove polegadas. Quem enterra, enterrará. Por fim será enterrado, e morrerá. Essas são as sutilezas da alma, você consegue vê-las? Ou envenenado com sua piedade morrerá?
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